sábado, 27 de novembro de 2010

As crianças e a guerra



As crianças são o futuro. Disso ninguém duvida. O que de facto me suscita algumas dúvidas é se será um futuro melhor do que este uma vez que as crianças continuam a ser usadas em cenário de guerra como arma insuspeita ou pior escudo humano. Esta foto foi tirada no Iraque, um país em reconstrução com as inúmeras questões legal ou morais suscitadas pelo pós-guerra e administração Bush que por serem bem conhecidas não comentarei, pretendo apenas perguntar que futuro para um país em que o seu "futuro" brinca às guerras?

Tenho às vezes vontade de ser
Novamente um menino
E na hora do meu desespero
Gritar por você
Te pedir que me abrace
E me leve de volta pra casa
E me conte uma história bonita
E me faça dormir
Só queria ouvir sua voz
Me dizendo sorrindo
Aproveite o seu tempo
Você ainda é um menino
Apesar de distância e do tempo
Eu não posso esconder
Tudo isso eu às vezes preciso escutar de você


(Roberto Carlos, Lady Laura)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

A Guerra

Escolhi como tema de abertura A Guerra, porque somos educados de que tudo na Terra se resume a uma enorme batalha, a Vida é uma Guerra, o emprego é uma Guerra, lá em casa é uma guerra por causa de... Parece que utilizamos mais vezes esta maldita palavra do que aquilo que nos apercebemos. Um dado curioso é que enquanto no Ocidente os pais costumam dizer aos seus filhos, Tem cuidado para não te enganarem, no Oriente e nomeadamente no país do Sol Nascente o conselho paterno é: Tem atenção para não magoares ninguém.

Vejamos o que dissem algumas personalidades conhecidas sobre este assunto:

- Olho por olho e tudo o mundo acabará cego. (Gandhi)

- Só os mortos conhecem o fim da guerra. (Platão)

- O Meu trabalho junto aos muçulmanos é comunicar-lhes que os americanos não são inimigos. (Barack Obama)

- O que me preocupa não é o grito dos violentos, mas o silêncio dos bons. (Martin Luther King Jr)

- Enquanto prepara continuamente novos engenhos de destruição total, cada um dos lados proclama hipocritamente o seu desejo de alcançar o desarmamento, apesar de invocar sofismas triviais para se assegurar de que este desejo continuará estéril. Esta inimaginável ferocidade alienatória e autodestrutiva é apresentada como a governação mais elevada e mais nobre e, num grau surpreendente, aceite como tal pelos que credulamente apoiam os governos.
Bertrand Russell (Testemunho dos Jovens de Hiroshima)

- Nos nossos dias, em que a raça humana está em decadência, vejo que eminentes teólogos consideram que é muito mais importante proibir a inseminação artificial do que evitar o tipo de guerra mundial que nos há-de exterminar a todos. Quanto a mim isso mostra uma falta de sentido das proporções.
Bertrand Russell (A Minha Concepção do Mundo)